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9. UNIVERSIDADE EM SUAS INTERLOCUÇÕES COM OS SERTÕES: HISTÓRIAS, CULTURAS E SOCIEDADES SERTANEJAS

Joana Medrado - Doutora em História (UFF)

Professora do curso de História (UNEB  XVIII)

Diego Ramon Souza Pereira - Doutorando em Sociologia (UFSCar)

Professor de Sociologia e Filosofia (SEC/BA) 

Marcos Ferreira Gonçalves - Mestre em História Regional e Local (UNEB V)

Professor do curso de História (UNEB XVIII)

O processo de rupturas e  continuidades está sempre na pauta das sociedades sertanejas. Ora vistas como sociedades tradicionais, imóveis, resignadas, ora como “territórios de revolta” (ALBUQUERQUE JR., 2011), banditismo, seca e miséria que conduzem quase automaticamente as vidas de suas populações, os sertões são mais que resíduos/antíteses da modernidade, possuindo dinâmicas culturais próprias e histórica interação com as zonas urbanas que propiciam constantes trocas. Neste sentido, este Simpósio Temático (ST) tem como escopo principal apresentar-se como um espaço de diálogo entre pesquisas, práticas educativas e relatos de experiências que tratem de questões históricas, sociológicas, linguísticas, literárias, culturais, políticas, sociais, religiosas, econômicas, imagéticas, representações entre outras categorias, dentro do universo sertanejo. As universidades possuem como cerne o diálogo com as comunidades das quais fazem parte; em vista disso promover este Simpósio Temático é uma tentativa de afirmar e promover este diálogo, particularmente com os sertões próximos e seus contextos sócio-históricos. Outrossim, são, inclusive, bem-vindas, pesquisas que problematizem as experiências de interiorização das universidades e seus nexos sertanejos. A noção de sertão deve ser entendida como constructo sócio-histórico temporal do século XIX e XX (ALBUQUERQUE JR., 2011; LIMA, 1999) em contraponto ao litoral, local majoritariamente urbano, econômico e politicamente desenvolvido, enquanto os sertões eram lidos como um vazio econômico, político e intelectualmente atrasado. Resgatar a história e as sociedades sertanejas é descentralizar o litoral e elucidar as múltiplas realidades presentes no sertão dentro de um espaço universitário com o perfil como a Universidade do Estado da Bahia (UNEB): público, interiorano e popular. 

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