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2.  BAIANIDADES: TERRITÓRIOS NO MUNDO

Ricardo Tupiniquim Ramos  - Doutor em Letras e Linguística (UFBA)

Professor do Curso de Letras e do PPGELS (UNEB VI)

Gildeci de Oliveira Leite - Doutor em Difusão do Conhecimento (UFBA)

Professor da Universidade do Estado da Bahia

Diversos aspectos de culturas baianas povoam o imaginário, obras artísticas em língua portuguesa e em outros idiomas. Por isso, neste simpósio, pretende-se discutir percepções de baianidades em trabalhos intelectuais, em geral, e em obras artísticas em prosa e/ou verso (textos literários, audiovisuais e cancioneiro popular), considerando possibilidades intersemióticas ou não. Muniz Sodré (2011) explicou que a baianidade traduz um modo de ser e de estar no mundo. Compreende-se, portanto, que aspectos da baianidade ou de baianidades podem ser vistos não apenas no cotidiano de pessoas residentes na Bahia, como também por onde alguma vertente da cultura baiana possa territorializar. Por outro lado, é necessário dizer que a baianidade não se reduz ao modo de ser e de compreender o mundo apenas das pessoas do Recôncavo Baiano, mas dos diversos territórios de identidade do espaço geopolítico chamado Bahia (Cf. RUBIM, 2017) e por onde essas identidades possam se propagar. Desta forma, ter-se-iam baianidades – identidades, inicialmente, construídas ou reelaboradas na Bahia, habitáveis dentro ou fora do Brasil: quando há expressões de samba, baiana de acarajé, trio elétrico, candomblé, boiadeiros, carrancas do Rio São Francisco ou Pai Inácio, por exemplo, em alguma parte do mundo, há ali algum ou alguns territórios de baianidades. Afinal, como o território “[...] traça limites, especifica o lugar e cria características que irão dar corpo à ação do sujeito” (SODRÉ, 2002, p.23), podem ser encontrados diversos modos de baianidades em linguagens artísticas, que explicarão diálogos, silenciamentos e/ou aparições da cultura brasileira dentro e fora do Brasil. Assim, atenta-se para diversos modos da Bahia estar no mundo, levando em consideração representatividades do estado que abrigou a primeira capital de língua portuguesa nas Américas. 

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